Histórias de todos os dias | Paula Rego, anos 70

São as “histórias de todos os dias”! Durante os anos 1969 e 1970, Paula Rego inicia um processo ilustrativo sobre as memórias infantis e familiares que tem subjacente uma análise psicológica das relações de “dominação” que assumem diversas formas.

Durante os anos 1969 e 1970, Paula Rego inicia um processo ilustrativo sobre as memórias infantis e familiares que tem subjacente uma análise psicológica das relações de “dominação” que assumem diversas formas.

São as “histórias de todos os dias”, como as identifica a artista, registadas numa série de desenhos a tinta da China. Acontecem numa geografia delimitada, o Estoril, que é afunilada para o espaço de recolhimento doméstico onde têm lugar os acontecimentos mais marcantes da vida: o nascimento, as brincadeiras com as outras crianças, as birras, as visitas e as relações familiares, e em que o domínio da figura paterna na sociedade patriarcal portuguesa é, por vezes, evidenciado.


Estes instantâneos do quotidiano são, todavia, filtrados por uma configuração onírica que é requentemente erotizada e tem ligações à psicanálise, aproximando-se, por vezes, de uma estética surrealista.

Também os acontecimentos políticos são alvo do olhar crítico e por vezes caricatural de Paula Rego, cujos desenhos — como O candidato, Simulacro e A corrida às urnas, Outubro 1969 — revelam o ambiente vivido durante as eleições de outubro de 1969 para a Assembleia Nacional, as primeiras realizadas no período designado por Primavera Marcelista (sala 1).

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