O Palácio do Grilo é um palácio-museu-restaurante-bar-teatro, o que o visitante quiser. Com mais de 200 divisões para visitar, a atmosfera leva-nos para uma outra dimensão, para os sonhos, para um filme ao vivo, para o fantástico.

A história deste lugar tem mais de três séculos. Foi imaginado pelo 1º Duque de Lafões, D. Pedro Henrique de Bragança, no século XVIII. Recentemente abriu pelas mãos de Julien Labrousse, um empresário francês. Ele descobriu um caderno escrito pelo Duque que imaginava aqui “um lugar que também não é um lugar e isso pode permitir à alma o voo que mais lhe convém”.

Julien (que trocou Paris por Lisboa) comprou o palácio e adaptou-o, seguindo os desejos do Duque: aqui as visitas que podem apenas assistir a performances, passear pelas divisões ou desfrutar da ementa do restaurante ou das bebidas do bar.

Na remodelação, a equipa de Labrousse quis que o cenário ficasse fiel às origens e, por isso, foram acrescentadas só algumas peças novas de mobiliário e decoração. O resto está intocado. No interior do palácio, é possível encontrar conjuntos de pintura mural da autoria de Cirilo Wolkmar Machado ou azulejos dos séculos XVIII e XIX, que integram as salas temáticas do Palácio como a Sala da Academia, a Sala de Vénus ou a Sala Chinesa. A capela, de planta retangular, alberga um painel de talha dourada da segunda metade do século XVIII.

O objetivo é que “as pessoas possam deambular, descobrir e viver um pouco no domínio do fantástico e do extravagante”, explica Julien, “ao mesmo tempo que atores e bailarinos atuam” espalhados pelas várias divisões. Por isso, há quem salte, há quem grite, há quem se deite, há quem deambule pelas salas. Todos parecem estar noutra dimensão, noutro tempo.

Mas não, estão em Lisboa.

A entrada é gratuita e o palácio está aberto todos os dias das 11 da manhã à meia-noite.

Por Daniela Oliveira