“Que gestos manteria se o movimento se tornasse um desafio?” – é a pergunta que Forme(s) de Vie, espectáculo da Cie. Shonen, traz ao Teatro Meridional, como parte da programação do InArt – Community Arts Festival.
“Que gestos manteria, se o movimento se tornasse um desafio?” – é a pergunta que Forme(s) de Vie, espectáculo da Cie. Shonen, traz ao Teatro Meridional, nos dias 6 e 7 de Junho (21-22h), como parte da programação do InArt – Community Arts Festival.
Na procura de uma resposta a esta questão, reúnem-se em cena três bailarinos e dois performers em perda progressiva de mobilidade (uma bailarina e um lutador de box aposentados), guiando-os ao (re)encontro do movimento. Num trabalho da noção contemporânea de ”corpo aumentado”, os intérpretes ligam-se numa “dança-prótese”, na qual os bailarinos agem como próteses humanas que colmatam a falta de mobilidade dos dois performers.
O resultado é um espectáculo que, ao juntar a dança à projecção de filmes em cena, encoraja participação do público. Cria, assim, um espaço de intimidade e composição coletiva, e abre portas a uma nova visão sobre a virtuosidade do movimento e orgulho do corpo através da dança.
Dirigida e coreografada por Eric Minh Cuong Castaing, Cie. Shonen é uma companhia de dança francesa que se tem destacado internacionalmente pela sua abordagem que alia dança e novas tecnologias. Os seus trabalhos exploram questões relacionadas com as relações e representações do corpo na era digital e no âmbito de diversos contextos e realidades sociais.
A decorrer entre os dias 6 e 7, no Teatro Meridional, e 25 a 28 de Junho, no Teatro do Bairro, o InArt– Community Arts Festival regressa para reafirmar o seu compromisso com a inclusão e acessibilidade através das artes. Este ano, apresentando-se como laboratório de pesquisa, experimentação e reflexão, onde ideias se cruzam com diferentes metodologias e comunidades para abrir portas a criações futuras, o Festival centra-se na formação e em processos de criação artística para explorar novas formas de expressão e interação. Reúne propostas de programação que cruzam linguagens, movimentos, pessoas e gerações, olhando a arte comunitária e participativa enquanto movimento impulsionador de novas paisagens artísticas e humanas e erguendo as fundações para uma sociedade inclusiva, onde a participação e fruição da arte está ao alcance de todos.